terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Independência...

Bom, aqui vou eu mais uma vez. Tenho que começar com um algo bem engraçado (pelo menos para meu amigo e eu) sobre este elemento tecnológico que, por fim, resolvi adentrar. Semana passada (mais ou menos na quinta, 26/11) ao apresentar este blog a um grande amigo blogueiro (doces regras da nossa língua vernácula, neologismo extrínseco) de longa data, pois sua opinião me seria muito gratificante fosse ela boa ou ruim, em toda sua plenitude e sensatez, me deu ótimos conselhos. Um deles dizia respeito ao hábito de escrever, disse-me ele: é isso aí com o tempo você vai se acostumando a escrever. Respondi de pronto: este é um hábito que já tenho amigo, porém o faço em um caderno! Casa de ferreiro espeto de pau! Rimos muito disso, para quem não sabe, sou o tipo de pessoa que respira tecnologia e um caderno não se encaixa de maneira nenhuma nesse mundo com tantos concorrentes (leia-se word, wordpad, bloco de notas e tantos outros). Quando tive a idéia de criar este blog pensei em transcrever meus escritos, mas achei melhor não fazer isso, não por algum tipo de motivo sórdido ou oculto, são meramente textos sem nexo, poemas, tentativas frustradas de contos.

Gosto muito de conversar, principalmente se o princípio da conversa levar a ajudar alguém a pensar de uma forma mais particular que o(a) leve a sair de seu mundo ou pelo menos ter um insight em outra visão. Muitas de minhas amigas sabem disso e me dão o crédito da confiança. Normalmente passamos horas a fio conversando sobre seus relacionamentos e como eles são complicados. Mas é justamente sempre esse, meu ponto de vista, por que tem que ser complicado? Quem criou essa idéia? Foi a cultura geral, o machismo, o aprendizado que "vem de berço". Estamos em pleno século XXI e as pessoas, pelo menos a maioria delas, ainda se relacionam como se estivessem vivendo em no século XIX e homens e mulheres continuam colocando-se em seus papéis, o homem, figura paterna, protetor, trabalhador, chefe de família; a mulher, protegida, dependente, dona de casa. Esse pensamento é, de um modo geral, ainda aplicável sim à maioria absoluta da população que é de classe baixa. As pessoas com condições melhores de vida são mais independentes e pensam diferente, mas há ainda algo muito comum, principalmente nas mulheres e que é totalmente incongruente com essa ideia independência. Elas estão preocupadas em achar um homem que lhes passe segurança, que seja sincero, que seja amoroso e carinhoso. Ora, não são essas características da cultura geral? Porque um homem precisa tanto passar segurança se elas são independentes, donas de si! Não seria esse motivo suficiente para eliminar essa característica? É estranho, pelo menos para mim, pensar que uma pessoa tem que depender de outra para o que quer que seja, salvo exceções, claro!

Ainda não descobri por que mulheres e homens tentam tanto provar habilidades um ao outro, acho que esqueceram que o personagem central de suas histórias são eles mesmos e mais ninguém. Se alguém complementar ótimo, mas isso não fará toda diferença do mundo. O fato é que homens e mulheres são muito diferentes apenas isso. Apesar da sociedade querer tanto provar o contrário, de que homens e mulheres possuem as mesmas habilidades e capacidades. Homens e mulheres SÃO SIM diferentes e não sou eu a dizer isso, são idéias de antropologistas, cientistas, sociólogos, enfim, pessoas que dedicam suas vidas aos estudos. Mas eles não estão preocupados em divulgar esse tipo de afirmação, do contrário, tornariam-se párias de nossa sociedade politicamente correta e essa é uma afirmação que está num livro que li a algum tempo e muito bom "Porque Os Homens Fazem Sexo E as Mulheres Fazem Amor" de Allan e Barbara Pease. E a afirmação do livro em relação à posição da sociedade quanto as diferenças Homem x Mulher é que isso os leva a relacionamentos difíceis para não dizer, penosos. E é completamente verdade. Temos que entender nossas necessidades antes de mais nada e não cobrar atitudes politicamente corretas do(a) parceiro(a). Tive uma namorada que achava completamente errado eu preferir, as vezes, estar com meus amigos a estar com ela! Ora quando me deparei com essa situação a primeira vez fiquei pensando -- "será que ela percebe que meus amigos estavam aqui antes dela?"-- e levei algum tempo, tenho que dizer, para entender suas razões. Relacionamento acabado foi o resultado, claro que não foi só por isso, mas por uma soma de fatores, mas isso é uma outra conversa.

Homens e mulheres têm que se tornar mais independentes um do outro, principalmente as mulheres, que em sua maioria quando estão em um relacionamento se dedicam só a ele e, muitas delas, esquecem até que tem amigas. Vejo isso acontecer o tempo todo. Algumas delas por medo de perder o relacionamento dito "perfeito", ora, mas que perfeição é essa em que um passa a ser sombra do outro? Então, vivam a vida de vocês em plenitude primeiro, para depois se dedicar a alguém. E isso vale aos homens também, desencanem, não reprimam as mulheres por quererem sair para divertir-se com as amigas, você faz isso e muitas vezes sem que ela saiba. Confiem mais uns nos outros. Os valores mais antigos e mais verdadeiros, que deveriam perpetuar-se é que estão se perdendo. São eles o respeito, a confiança, a honra. Aprendi uma coisa na minha vida sobre relacionamentos e que pode ser transcrita em uma frase bem pequena: Em um relacionamento, existem três vidas: a minha, a dela e a de nós dois. Aprendamos a respeitar isso!

Um comentário:

  1. A individualidade DEVE existir numa relação. Esse papo de "sombra" já existiu na minha... e hoje, crescendo juntos, aprendemos a respeitar mais nossos momentos - ele o meu e vice-versa. Vou pra "night" sim, sem ele. Ele sai com os amigos sim, sem mim. E deixamos por conta do respeito.

    Maravilhoso seu blog! AMEI!

    Um grande beijo... da Taty

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