sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aprendendo sempre

Segunda-feira, que vamos fazer no início da semana, à noite? Essa foi a pergunta que me fiz ontem (comecei a escrever isso na terça), quando uma amiga estava chegando de viagem e queríamos sair para algum lugar! As opções não foram tantas e nem todas agradáveis, pelo menos não para o meu gosto e, ainda bem, para o gosto dela (ufaaa!); Ensaio do Harmonia, alguns bares e o Pelourinho! Fomos para a terceira opção. Mas antes disso passamos no hotel em que minha amiga se hospedou e esperamos um bom tempo lá, parece que alguém fez uma cagada (-novamente- nenhum outro adjetivo caberia melhor aqui) no sistema e o recepcionista estava tentando corrigir. Estávamos ela, um amigo e Eu. Conversando sobre a viagem que ela acabara de fazer, por sinal, reclamou bastante da cidade que ela escolheu ir, choveu bastante lá, enfim, não vem ao caso. Nesse meio tempo, minha amiga encontrou com uma amiga dela lá, na recepção e a convidou para sair conosco. Começara ali, uma noite para lá de divertida!

Companhias super alto astral, simples por assim dizer, belas, inteligentes e muito divertidas. Passamos pela Praça Tereza Batista no Pelourinho onde uma festa do Cortejo Afro estava acontecendo, parecia muito promissora. Decidimos ir para a Praça Quincas Berro D'água onde uma orquestra tocava, minha amiga logo adorou a idéia de ficar por lá, cerveja gelada, boa música pessoas agradáveis. Havia até casais dançando, um muito incomum, um garoto que aparentava não mais do que 13 anos e uma senhora que provavelmente passava dos 50. Dançavam gafieira, com uma graça e leveza tamanha que pareciam flutuar na pista, movimentos perfeitos, giros síncronos, sem falar dos sorrisos estampados no rosto, realmente muito bonito.
Admirações a parte, vamos ao que interessa. Pessoas se conhecendo, conversando sobre tudo, fazendo piadas, trocas de conhecimentos culturais (isso foi perfeito); mas o que me chamou mesmo a atenção foi a forma de pensar de uma das meninas que estavam comigo. Ela falava sobre o que realmente procurava quando esta em outros países, por que, normalmente, pessoas como ela (segundo ela, que fique bem claro) sempre vêm de seus países procurando baladas, diversão, sexo e outras coisas mais além das futilidades que o dinheiro proporciona. No entanto ela falava que vinha para outros países em busca do autoconhecimento cultural, em busca de conhecer pessoas para entender o meio de vida delas para que ela pudesse usar desse conhecimento e se tornar uma pessoa melhor no seu dia a dia em seu país natal.

Nesse momento fiquei imaginando o quanto poderíamos melhorar se fizéssemos isso, nem mesmo precisaríamos ir a um outro país. Conhecer as pessoas e através delas achar seu próprio meio de ser, extraindo delas o melhor e dando de si também o melhor, trocar experiências, conhecimentos, alegrias. Na minha forma de pensar tentar definir alguém por completo é total perda de tempo. Vivenciar é o segredo, você vai aprendendo com o tempo os pequenos detalhes de personalidade, que, no final das contas, é o que realmente vai te agradar ou não em relação à outra pessoa. Todos os dias aprendo algo novo sobre algum dos meus amigos (e minhas amigas também!!!), isso me deixa profundamente feliz e sempre mantenho meu foco nesse aprendizado. Transformando, dessa forma, ainda melhores, as minhas amizades. Espero que essa seja uma boa dica.

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