terça-feira, 29 de março de 2011

Verdades

As pessoas que me conhecem sabem quão profunda é minha indignação com esse programa televisivo nomeado BBB (na minha opnião: baixaria, burrice, banalização). Penso que assistir televisão hoje é como uma aventura pelos caminhos do desconhecido, entendam desconhecido como falta de conhecimento mesmo, tantas coisas inúteis e fúteis sendo veiculadas que não dá mais para mensurar o tamanho da imbecilidade (palavra emprestada do meu grande amigo Thiagão) do espectador brasileiro, por favor, não tomem isso como ofensa. Conheço a maioria das desculpas existentes (estava sem fazer nada, estava passando pela sala, a televisão estava ligada e decidi assistir, etc.) e para todas elas existem alternativas melhores para se fazer com seu tempo. Pense nisso.

Chegou hoje em meu e-mail um texto de um conterrâneo muito cheio de propriedade e verdade, por isso decidi que deveria colocá-lo aqui ipisis litteris.


BIG BROTHER BRASIL

Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro BienalNosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um merc ador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegu eira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Pensem bastante, é um exercício simples e que só traz benefícios.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Admirável Mundo Novo

Voltando a escrever depois de um longo período de tempo, faço isso para contar a mais nova aventura, nada muito filosófico ou idealístico como de costume.

Viagem longa e extremamente cansativa, o que não quer dizer exatamente que não tenha sido divertida e/ou proveitosa. Primeiro o cenário: Viajando Minha namorada, eu e meus dois cães (isso mesmo, meus dois cães) e não são cães pequenos, são grandes, muito grandes! A princípio tivemos a ideia de sedar os cães para que eles pudessem viajar de forma mais tranquila, transformando nossa viagem também tranquila. O detalhe é que um dos dois já tem quase 10 anos e, por menor que seja, existe um risco com esse tipo de procedimento para um cão com idade tão avançada (dados obtidos com minha namorada, veterinária que é). Acabamos por decidir não sedá-los e foi uma ótima decisão, os dois super tranquilos na viagem, tirando alguns problemas de gases do mais velho (puta que pariu ! E que gases), foi tudo tranquilo! 

Origem: Salvador-BA. Destino: Fortaleza-CE. Um total de 1362 quilômetros de estrada e 16 horas de viagem. Poderia ter acontecido em menos tempo, não fosse os conselhos dos amigos "Vá devagar, a cidade não vai sair do lugar!". Em dias normais nem daria ouvidos, mas resolvi que valeria a pena fazer isso visto a preocupação que me foi dispensada e por isso agradeço muito. Além dos conselhos tivemos algumas paradas, principalmente para que os cães pudessem se exercitar e não sujar o meu carro (era a maior preocupação), em vão foi esse esforço, o carro ficou muito sujo (mas só de pelos, nada mais drástico). Já quase no final do percurso uma parada para visitar os pais de uma grande amiga, talvez não fosse tão final assim, ainda faltavam 300 quilômetros, porém nada preocupante para quem já havia passado por outros 1062!

Findada a viagem, o primeiro desafio, encontrar a casa da amiga que estava com a chave da casa alugada, após várias ruas erradas finalmente achamos o lugar! Segundo desafio, encontrar a casa que aluguei. Depois de muito rodar encontramos a dita cuja! Primeiro problema, não tinha água e não tinha luz! Que fazer?! Deixamos os cães e com a ajuda dos novos vizinhos (pessoas maravilhosas por sinal) colocamos água para eles e fomos para a casa de minha namorada, para de lá, decidir o que fazer! Bom até aí tudo bem, sem maiores problemas.

Sobre a cidade, ah! Fortaleza, cidade muito bonita e bastante organizada. Velocidade padrão no carro: 60 km/h nunca pensem em passar disso, quando vocês menos esperarem um radar vai fotografar vocês. Radares aqui em Fortaleza estão na mesma proporção que formigas para o açúcar (é claro, salvo os exageros aprendidos com anos de convivência com grandes amigos, exagerados que são). Na mesma linha estão os sinais de trânsito, em apenas uma praça algo pouco maior do que 100m² daria para fazer uma orquestra de luzes verdes, amarelas e vermelhas. Bom disso, você não vai estragar o motor de seu carro por muuuuuuuuuuuuuuito tempo, afinal, vai estar a 60 km/h o tempo todo, isso se nenhum sinal te atrapalhar no meio do caminho o que é muito provável.

Ainda estou me estabelecendo, mas gostando muito, a organização por aqui não me deixa, pelo menos ainda, sentir saudades de minha antiga terrinha! De lá sinto saudades dos meus grandes amigos, esses sim estarão sempre comigo, senão presentes, pelo menos em pensamento. A falta que me faz não tê-los por perto apenas me dá a certeza de quando nos encontrarmos nos tornaremos assassinos da saudade sem nenhum remorso com direito a requintes de crueldade para com ela!

Então, até lá amigos! Espero que possam vir me visitar algum dia.
Grande abraço a todos e até o próximo texto.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Amizade

Voltando a escrever depois de um período de férias, profissional e pessoal. Isso, consegui férias no trabalho e aliei, com um pouquinho de esforço, férias à minha condição humana. Sim, também precisava disso. Todos deveriam fazê-lo. Começando com um breve resumo do que aconteceu durante essas férias, diria que foram mais do que maravilhosas. Pude descansar, me divertir, estar com as pessoas que gosto, conhecer pessoas maravilhosas (e quão maravilhosas), tive que trabalhar por alguns dias também durante as férias, mas nada que comprometesse meu descanso por completo. O carnaval, exatamente quando as férias profissionais começaram, foi bem tranquilo, fui apenas dois dias, apesar disso, nada no mundo poderá superar o júbilo de estar entre companhias tão maravilhosas, amigos, que formam a família a qual temos o direito de escolher. Pude ir a alguns lugares que, a muito, não visitava e como foi maravilhoso. Pude ter como companhia pessoas que, por simplicidade, acreditam em amizade e como isso é realmente prazeroso. Procuro sempre ter uma relação sadia com minhas amizades, nem sempre isso acontece por força do gênio de cada um, com o meu em foco, é claro. As vezes discutimos por diferenças de opiniões mas no final das contas sempre nos entendemos, afinal amizade (e, amizade de verdade, é para isso) tem que ser formada como o número Pi, da matemática, e sua relação de proporcionalidade entre a circunferência de um círculo e o seu diâmetro, ele sempre esta lá mas não é exato (pelo menos, ainda não), não se conhece sua medida exata (meio paradoxal essa comparação, mas acho que vocês entenderam).

Novas amizades sempre serão bem vindas e se me for dada a possibilidade de ajudar, sempre estarei lá sem pestanejar. Só em pensar a possibilidade de fazer uma nova amizade, já me faz mais feliz do que eu possa suportar. Ajudar sem esperar nada em troca é tão gratificante por assim ser. Sentir a felicidade de outra pessoa e saber que você pôde contribuir com aquilo é simplesmente maravilhoso. E assim, fiz novas amizades nesse período de férias, pessoas incomparáveis que me trouxeram regozijo durante muitas madrugadas. Conversas totalmente intelectuais ou simplesmente bobagens engraçadas, mas que tornavam cada minuto mais precioso do que o anterior. À dádiva de poder achar pessoas tão excepcionais devo apenas aos amigos que já tenho e serei sempre grato por isso. Não é preciso citar nomes, as pessoas que se identificam com essas situações saberão disso e me é totalmente profícuo, pois ao lerem isso me dão a possibilidade de imaginar seu singelo sorriso.

Passadas as férias, volto ao trabalho e com ele todas as responsabilidades do cotidiano profissional. Rotina, mas não menos importante, rever os amigos ou o que podemos chamar de segunda família, afinal a maior parte de nossos dias passamos com nossos amigos de trabalho (sim, prefiro nomeá-los amigos). Fora as minúcias da rotina de trabalho, tive a oportunidade de tirar mais alguns dias de folga e viajar para a festa de uma grande amiga. E junto com essa oportunidade, conhecer àquelas que, antes, só a tecnologia proporcionara a amizade. Pessoas que com um simples sorriso conseguem contagiar quem quer que olhe, inspirando ao sorriso também.

Sempre acredito que nosso mundo pode ser um lugar melhor e, assim como o título deste blog, estou sempre esperando por isso em minha imaginação até que o real me proporcione. Mas, nós, seres humanos, temos ainda uma capacidade incrível de surpreender e de manter algo extremamente abstrato com relação a tudo, a esperança. Assim pude constatar que essa sim não pode deixar nunca de existir, principalmente quando me deparo com pessoas tão maravilhosas que me transportam da imaginação ao real. Assim foi conhecer a família de minha amiga, pessoas simples, divertidas, simpáticas, enfim, todos os outros bons adjetivos caberiam aqui. Pude também tornar mais fortes laços que nem imaginava que poderiam existir e como é bom saber que agora existem.

O texto todo fala de meus momentos, mas abstraindo-os tem-se em foco a amizade. Ser amigo, ter amigo ou se fazer amigo é o primeiro passo para conseguirmos melhorar nossos dias e, consequentemente, os dias daqueles que estão próximos a nós. Uma vez recebi um texto que, em breves palavras, falava da felicidade como uma doença contagiosa da qual, todos deveria acometer-se. Ser feliz sozinho é possível também, mas será, com certeza, muito mais intenso, se tiver amigos verdadeiros por perto. Trabalhem as amizades com carinho, cuidem delas, amem de verdade seus amigos e construam novas amizades. A esperança não se perde nunca, só se renova. É interessante que tantos pensadores da antiguidade não conseguiram pensar em amizade como ciclo completo, quero dizer, estereotiparam a amizade. Ao longo do tempo grandes pensadores como Platão, Aristóteles, Montaigne, Kant, Cícero, Hegel e muitos outros não concebiam a amizade entre homem e mulher apenas por acharem que a mulher não é capaz de laços sinceros e sim de puro amor. Ora, ledo engano desses grandes, esse tipo de amizade, homem/mulher, existe sim e é muito sincero, talvez até mais do que entre os de mesmo gênero. Bastando apenas que seja verdadeiro. Aristóteles denominou o termo teleia-philia como amizade perfeita, mas, atrevo-me a dizer, ele não sabia o que era isso, apenas por julgar não ser possível laços perfeitos de amizade entre pares de sexo oposto. Mas tenho que concordar com ele, para a época dele, pois, àquela, as mulheres eram submetidas a uma relação de domínio e submissão. Que pena que ele não pôde ver nossa evolução. Para terminar uma citação para quando pensarem em fazer novas amizades. "Para ter a amizade de um indivíduo digno é necessário criarmos em nós mesmos as qualidades que, naquela, admiramos." - Sócrates.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Planejar Ou Não?

Ontem assisti a um filme, Up In The Air ("Amor Sem Escalas" no Brasil, o que não faz o menor sentido com o assunto tratado no filme, como de costume) e a dada altura, percebi que não estava simplesmente vendo um filme, estava diante de um espelho em certos aspectos. Parei o filme por uns instantes para refletir, mas não o bastante, continuei com o filme. É realmente muito bom, antes de tudo, para aqueles que acham que é uma comédia romântica ou um romance como o nome nacional sugere, não percam seu tempo, é um drama e dos bons. No geral o filme fala sobre o estilo de vida de um cara que não tem o menor apego social, sua vida se resume ao seu trabalho e a sua busca incessante por um objetivo (não muito, digamos, louvável). Não vou comentar mais nada sobre o filme, não sou crítico de cinema e nem quero adentrar esse meio.

No pequeno instante em que parei para refletir sobre o que tinha visto no filme percebi algo bastante verdadeiro na minha vida, estou sempre trabalhando, ganhando e gastando dinheiro sem um propósito realmente definido, um, digamos, plano de vida. Mas até que ponto ter um plano de vida é algo realmente interessante ou necessário? Esta é um pergunta que se equipara a discutir religião ou futebol, nunca haverá um consenso.

Nosso bom e velho sambista Zeca Pagodinho que o diga --"deixa a vida me levar, vida leva eu..."-- esse, com certeza é o tema predileto das pessoas que preferem não objetivar sua vida. --"É preciso amar as pessoas / Como se não houvesse amanhã / Por que se você parar para pensar / Na verdade não há"-- essa é uma frase da Legião que cabe perfeita ao assunto. Poderíamos discutir aspectos desde sociais até metafísicos com esse trecho de música. Viver sem determinar objetivos, sem planejar, pode te dar um "Q" (essa foi uma metonímia) de mistério, um desejo por novas descobertas, por novas amálgamas (e agora, zeugma). Se você simplesmente viver, pode sim encontrar tudo isso e pode ser que realmente valha à pena. Criar objetivos e segui-los pode dar a impressão de excesso de controle, mas isso, também é discutível. Saber viver consigo mesmo é algo que precisa de bastante auto confiança, então se a escolha for por viver a vida, que o faça da forma mais sensata possível.

Embora seja algo bom viver por viver, sem criar objetivos, é também bastante prudente a criação de planejamentos. Principalmente se você é o tipo de pessoa que almeja uma família, estabilidade, sucesso. Tudo isso traz sim felicidade, assim como a escolha anterior. Muitos especialistas em administração tratam o planejamento como o "ato superior", a fonte de todo e qualquer sucesso. Não posso discordar disso seguindo o script perfeitamente você pode chegar lá. Resumindo tudo que já li sobre o assunto, as dicas principais são: faça uma lista de tudo que você deseja (não precisa ser totalmente possível, apenas escreva o que você quer), pegue essa lista e faça uma divisão entre o que é mais fácil e o que é mais difícil; após isso você terá que verificar, primeiro para as mais fáceis, o que é necessário fazer ou aprender ou aonde chegar. Se para esses objetivos você tem que aumentar seu benefícios financeiros, crie um plano de aprendizado em você, isso mesmo, invista em seu conhecimento. Com tudo isso em mãos, só há mais uma dica que vai ajudar bastante, invista seriamente no seu networking as pessoas que você conhece ou que vai conhecer, poderão sim influenciar diretamente na conclusão de seus objetivos. Fazendo tudo isso você terá um planejamento perfeito para sua vida.

Bom, na minha opinião, planejar é bom, mas cria, pelo menos em mim, a sensação de que minha vida vai ser apenas uma novela com tudo pré-definido. Prefiro ainda descobrir o que esta por vir e aonde posso chegar sem um roteiro, do contrário não seria eu digno do título que me leva a escrever neste blog.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

E Viva ao Capitalismo

Algum tempo atrás li em algum blog (minha memória não vai me ajudar de maneira alguma) sobre como vivemos hoje, não com a forma em si, mas com a repreensão que nos é causada por tudo aquilo que acontece no nosso dia a dia ou à nossa volta. Todos os dias quando leio os jornais (na internet, sou viciado em tecnologia, lembram?) vejo notícias terríveis sobre todo tipo de acontecimento. Pais estuprando, mães matando, filhos matando, pessoas matando por razões meramente somíticas ou por razão nenhuma até. Não sou nenhum santo e tenho meus pensamentos malévolos principalmente com aqueles que praticam o mal, acho sim que bandido bom é bandido adoecido (entendam quase morto mesmo, a tarefa de tirar a vida, segundo a grande maioria, é de Deus --créditos a um grande amigo meu--). Tentei achar o autor pela internet da frase a seguir, mas foram tantas as ocorrências com diferentes autores que desisti; concordo com essa frase que foi respondida a respeito de perdoar ou não um criminoso --"Acredito que a tarefa de perdoar cabe a Deus, a nossa tarefa é apenas proporcionar o encontro!"--. "Deus" aparecendo duas vezes em um texto meu, com certeza vou ser questionado sobre isso. Já estava até fugindo do assunto; as pessoas esqueceram o que é gentileza, o que é ajudar sem segundas intenções, andam o tempo todo em desconfiança do meio a sua volta e todos aqueles que não conhecem. No tempo de meus pais as pessoas passavam pelas ruas e cumprimentavam umas as outras, não existia parcimônia nesse quesito e também não precisavam conhecer umas as outras, era a educação que falava mais alto.

Então veio o capitalismo e com ele, sem procrastinar, toda a perpetuação dos sete pecados capitais (a saber: Vaidade, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e Luxúria) para a humanidade, aqui caberia a letra da música de uma banda a muito não falada, Ratos de Porão, o nome da música, Capitalismo. O som é horrível, mas a letra é totalmente congruente. Alguns dizem que o capitalismo consumiu até o próprio vocalista da banda, João Gordo, chamando-o de traidor, mas isso também é uma outra conversa. O fato é que vivemos presos a um sistema totalmente tórpido e, infelizmente, é quase impossível que saiamos dele. Mas ainda há aquele micro resquício de esperança na qual nos prendemos, para continuar vivendo e nos enganando achando que podemos ser melhores. Bom Eu digo, não tenham só esse "micro resquício" criem uma esperança verdadeira, acredito que se cada um fizer um pouco mais do que somente sua parte (fazer só a própria parte é egoísta) conseguiremos mudar aos poucos. Vamos trazer a velha e boa educação à tona, cumprimentem as pessoas, façam uma gentileza por alguém desconhecido (ou conhecido, também vale) e não se deixem gerir só pelo capitalismo. Façamos com que esse sistema seja reflexo de toda a ironia do título desse post. Tenho que concordar com Leon Trótski (grande revolucionário dos tempos de Lenin e Stalin) --"Se o capitalismo é incapaz de satisfazer as reivindicações que surgem infalivelmente dos males que ele mesmo criou, então que morra!"--. Uma amiga minha, numa recente conversa virtual, disse, --"o capitalismo acaba com o relacionamento entre as pessoas. Faltam às pessoas mais amor"--. Ela esta coberta de razão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sozinho, será?!

Domingo foi um dia bem tranquilo, escolhi fazer absolutamente nada (pleonasmos da língua). Acordei cedo por volta de meio dia, ora, claro, cedo! Vejam meu ponto de vista, se é domingo, não tem trabalho, não há compromissos, não há o que fazer, por que deveria ao menos acordar? Pois bem, acordei cedo assim e após a higiene "matinal" vim ao computador. Ao sentar em minha escrivaninha percebi que não tinha o que fazer, passei um bom tempo apenas olhando para a tela, ainda sonolento, decidindo por onde começar! Devo ter ficado nesse estado mais ou menos por uma hora, sim, apenas estático, sentado. Depois desse tempo todo comecei a pensar se estava com sintomas de solidão, cheguei à conclusão que não.

Em minha singela forma de pensar solidão é nada mais que a retração do seu ser ao meio ambivalente (digo, o seu e a sociedade. A saber, definição de ambivalência para psiquiatria). Nos conceitos eruditos a solidão trata do excesso de sensação de vazio que acomete um indivíduo, da falta de contato, ou seja, os psicólogos têm a certeza de que uma pessoa solitária é um completo antisocial, tenho certeza que entraria em uma briga por imiscuir em uma área tão aversa à minha. Gosto de estar sozinho e isso me traz muitos benefícios, muitos mesmo. Poder estudar sobre minha área, poder ler sem interrupções, dormir (isso faço muito pouco) e uma infinidade mais que minha frágil memória, neste momento, não ajuda a lembrar!

Muita gente que me conhece e sabe que passo a maior parte do meu tempo em casa e pensam que sou um solitário. Bem, eles têm razão! Talvez seja um solitário, mas aquele que usa isso como benefício e não como fuga. Tenho o controle sobre esse estado, por tanto, minha experiência com esse sentimento é prazeroso e positivo. Muita gente não consegue entender isso e nem, sequer, imagina como seria sua vida morando sozinho. Não gosto de usar termos assim, cria uma conotação surreal, mas ficar sozinho é um estado de espírito e se bem trabalhado e compreendido é bastante benéfico. Muitas pessoas não se vêm sozinhas, entram em depressão, não sabem aproveitar o que tal condição pode trazer de bom. Tenho comigo um sentimento de liberdade sem igual e é o que me faz ter idéias diferentes, insólitas (pleonasmo de novo). Grande pensador e filósofo que foi, Sartre tinha a solidão como uma condição fundamental do ser humano, pensava que as pessoas deveriam passar por essa experiência, pois deveriam buscar seu significado pelo isolamento em um determinado ponto de suas vidas. Epistemologicamente falando, estar só, é algo bom a se experiencializar (neologismo, duas vezes em uma única frase, vícios de linguagem em alta hoje). Cada um deveria fazer um teste, mas com a consciência plena de que seria apenas um teste, para não causar-se o mal com um sentimento de tão grande "vazio"! Termino esse com uma frase da música Satisfeito (Marisa Monte/Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown) perfeitamente adequada ao assunto --"Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho, vivo tranquilo a liberdade é quem me faz carinho!"--

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aprendendo sempre

Segunda-feira, que vamos fazer no início da semana, à noite? Essa foi a pergunta que me fiz ontem (comecei a escrever isso na terça), quando uma amiga estava chegando de viagem e queríamos sair para algum lugar! As opções não foram tantas e nem todas agradáveis, pelo menos não para o meu gosto e, ainda bem, para o gosto dela (ufaaa!); Ensaio do Harmonia, alguns bares e o Pelourinho! Fomos para a terceira opção. Mas antes disso passamos no hotel em que minha amiga se hospedou e esperamos um bom tempo lá, parece que alguém fez uma cagada (-novamente- nenhum outro adjetivo caberia melhor aqui) no sistema e o recepcionista estava tentando corrigir. Estávamos ela, um amigo e Eu. Conversando sobre a viagem que ela acabara de fazer, por sinal, reclamou bastante da cidade que ela escolheu ir, choveu bastante lá, enfim, não vem ao caso. Nesse meio tempo, minha amiga encontrou com uma amiga dela lá, na recepção e a convidou para sair conosco. Começara ali, uma noite para lá de divertida!

Companhias super alto astral, simples por assim dizer, belas, inteligentes e muito divertidas. Passamos pela Praça Tereza Batista no Pelourinho onde uma festa do Cortejo Afro estava acontecendo, parecia muito promissora. Decidimos ir para a Praça Quincas Berro D'água onde uma orquestra tocava, minha amiga logo adorou a idéia de ficar por lá, cerveja gelada, boa música pessoas agradáveis. Havia até casais dançando, um muito incomum, um garoto que aparentava não mais do que 13 anos e uma senhora que provavelmente passava dos 50. Dançavam gafieira, com uma graça e leveza tamanha que pareciam flutuar na pista, movimentos perfeitos, giros síncronos, sem falar dos sorrisos estampados no rosto, realmente muito bonito.
Admirações a parte, vamos ao que interessa. Pessoas se conhecendo, conversando sobre tudo, fazendo piadas, trocas de conhecimentos culturais (isso foi perfeito); mas o que me chamou mesmo a atenção foi a forma de pensar de uma das meninas que estavam comigo. Ela falava sobre o que realmente procurava quando esta em outros países, por que, normalmente, pessoas como ela (segundo ela, que fique bem claro) sempre vêm de seus países procurando baladas, diversão, sexo e outras coisas mais além das futilidades que o dinheiro proporciona. No entanto ela falava que vinha para outros países em busca do autoconhecimento cultural, em busca de conhecer pessoas para entender o meio de vida delas para que ela pudesse usar desse conhecimento e se tornar uma pessoa melhor no seu dia a dia em seu país natal.

Nesse momento fiquei imaginando o quanto poderíamos melhorar se fizéssemos isso, nem mesmo precisaríamos ir a um outro país. Conhecer as pessoas e através delas achar seu próprio meio de ser, extraindo delas o melhor e dando de si também o melhor, trocar experiências, conhecimentos, alegrias. Na minha forma de pensar tentar definir alguém por completo é total perda de tempo. Vivenciar é o segredo, você vai aprendendo com o tempo os pequenos detalhes de personalidade, que, no final das contas, é o que realmente vai te agradar ou não em relação à outra pessoa. Todos os dias aprendo algo novo sobre algum dos meus amigos (e minhas amigas também!!!), isso me deixa profundamente feliz e sempre mantenho meu foco nesse aprendizado. Transformando, dessa forma, ainda melhores, as minhas amizades. Espero que essa seja uma boa dica.